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Crónicas da Sala de Espera


Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 160
Editor: Difel

"Pedro Beça Múrias, tem 47 anos e é jornalista. Em Dezembro de 2008 foi-lhe diagnosticado um cancro no recto. E logo se lhe colocaram no horizonte tratamentos de quimioterapia e radioterapia, antecipando uma operação para remover o tumor. Essa operação aconteceu a 27 de Abril de 2009. Motivado pelos colegas do programa Janela Aberta, emitido todas as tardes no Rádio Clube Português, passou a assinar umas crónicas diárias - "Crónicas da Sala de Espera" - nas quais contava o seu dia-a-dia como jornalista, e como doente de cancro, nos hospitais onde fez os tratamentos. Chegou mesmo a fazer alguns directos da sala de tratamentos de Quimioterapia, usando o braço que tinha livre para falar ao telefone.
Quando, na Gala do Rádio Clube, realizada em 2009, foi aplaudido de pé por dois mil ouvintes, durante vários minutos, sentiu que todo o seu esforço, pois disso se tratou, estava a valer a pena.
Estava a chegar às pessoas.
Enquanto isso, não parou de receber e-mails de ouvintes, ora a agradecer-lhe por existir uma voz mediática com quem se podiam identificar, alguém que estava a passar e a sentir o mesmo que eles, ora a incentivá-lo a continuar.
Mesmo depois da operação, fez mais alguns directos deitado na cama do hospital. E no dia em que teve alta, entrou em directo no programa Janela Aberta, tendo passado pelos estúdios antes até de ir para casa, após dois meses e meio de internamento.
Hoje, passado um ano desde o início da sua luta contra a doença, pode dizer-se que a levou de vencida, apesar de alguns sobressaltos ocorridos no pós-operatório.
Quanto ao futuro, se o Cancro voltar, "cá estarei de novo para lhe dar luta! "…



O livro "Crónicas da Sala de Espera" foi adquirido para oferta, embora confesse que o fiz contra vontade. As expectativas centravam-se em "Avó, é apenas mais um livro para chorar". Contudo, revelou-se uma verdadeira lição de vida.

Deixa-nos a pensar como o nosso tempo de vida é tão fugaz e incerto...que com ele voam todos os momentos bons e permanece tanto do que queríamos fazer. A verdade é que nunca iremos conseguir fazer tudo. Mas, nestes momentos, como o retratado no livro, o nosso cérebro invade-nos com a palavra "aproveita" e aí surgem tantas frases, pessoas, pensamentos, interrogações...um verdadeiro torbulhão de emoções. Este jornalista encara a sua doença com um sorriso, tudo culmina num sorriso nos lábios e num aperto no peito. Medo e Coragem. Força e Fraqueza. A vida é o Tudo e o Nada. Mas ele ensina a não desistir. Não vou contar como termina o livro, para deixar a curiosidade a pairar no ar, mas a verdade é que, seja qual for o seu fim, deixa-nos com um nó na garganta e com a certeza de que somos frágeis mas também somos capazes de alcançar emoções que mais nenhum Ser consegue. E o mundo grita-nos "Vive"!

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